sábado, 12 de dezembro de 2009



Celebrando o futuro, por Rogerio Novaes

Em 1972, o mundo acordou para uma questão extremamente grave para o futuro do nosso planeta.
Naquele ano, a ONU organizou em Estocolmo, na Suécia, a primeira conferência para discussões sobre o meio ambiente e o aquecimento global. Eram, então, 113 países e mais de 400 ONGs de todo o mundo. Aquela conferência é o “marco zero” do debate mundial, tendo como resultado a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Em 1992, foi a vez de o Brasil ser sede da Rio-Eco/92. A conferência teve como um de seus principais resultados o acordo para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, que causam o aquecimento global.
Assinada inicialmente por 154 países, a Convenção sobre Mudança do Clima entrou em vigor no ano de 1994, sob protestos de algumas nações interessadas em manter suas matrizes energéticas e sua formatação laboral.
Em 1995, em Berlim, na Alemanha, foi realizada a 1ª Conferência das Partes – COP1. A reunião dos países participantes da convenção. Foi justamente nessa primeira conferência que ficou decidida a criação de um protocolo com metas para a redução de emissões. Naquele mesmo ano, a reunião da ONU aconteceu em Kyoto, no Japão, e lá surgiu, então, o Protocolo de Kyoto, referência maior para tudo aquilo até então pensado.
De lá para cá, o Brasil segue buscando alternativas inteligentes na direção do cumprimento daquelas metas que foram parametrizadas no Protocolo de Kyoto.
Na matriz energética, caminho-se na direção da produção e uso de bicombustíveis em substituição aos combustíveis fósseis, alcançando bom resultado.
Na agropecuária, adotaram-se algumas alternativas de melhor seleção e controle num processo ainda tímido, mas bem dirigido. A construção civil e a indústria foram também influenciadas, merecendo destaque para novos materiais e, principalmente, novas tecnologias, gerando grande forte impacto nas quantidades emitidas de carbono.
A sociedade brasileira como um todo foi afetada por essas transformações que, mesmo pequenas, mostram desde já alguma influência em direção àquilo pactuado na Rio-Eco/92.
Claro que outros componentes são ainda fortes agentes contrários ao bom senso e à razoabilidade. Desmatamentos, queimadas etc. Pois bem, neste ano, chegamos a Copenhague, na Dinamarca, para a COP15, num dos mais importantes eventos para a humanidade.
O Brasil leva para a Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima o que realizou, formando novos e mais desafiadores compromissos com a sustentabilidade do planeta.
Ao ostentar avanços e celebrar o futuro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva leva consigo o trabalho e a capacidade de toda uma categoria profissional. Dos projetos aos desenhos, passando pela viabilidade e a execução, engenheiros, engenheiras, arquitetos e arquitetas sustentam desafios de mudanças e garantem realizações na aplicação de conhecimentos e compromissos.
Ontem, foi comemorado o dia do engenheiro, da engenheira, do arquiteto e da arquiteta, coincidindo com a realização da COP15. Nada mais justo e mais verdadeiro do que merecidos e necessários parabéns a todo esse valoroso grupo profissional.



*Engenheiro civil

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